quarta-feira, 15 de maio de 2013
Outra grande desvantagem de um freelancer é ter um rendimento muito variável. Um mês nunca é igual ao outro. Poderão ter meses em que o ordenado é bom e outro mês em que por mais que tentemos, não aparecem clientes e o ordenado servir para pouco mais do que as nossas despesas mensais.
Para além disso, independentemente do dinheiro que recebermos, mesmo que não recebamos nada (porque estamos doentes, por exemplo e não podemos trabalhar), a segurança social tem de ser paga. Ou seja, podemos estar doentes, sem trabalho, com despesas correntes (como casa, luz, água, etc) e ainda temos a SS a chatear-nos para pagarmos a percentagem que exigem.
Então, para quê ter o nosso próprio trabalho?!
As pessoas que querem ser freelancers têm de ponderar muito bem se realmente é esse o caminho que pretendem para a sua própria vida.
Muitas vezes somos obrigados a seguir esta opção por nos encontrarmos desempregados, mas se tivermos um emprego fixo, convém analisar bem a situação mais vantajosa.
Se tem dúvidas e continua empregado o meu conselho é enveredar por acumular funções: usar o freelance como apoio financeiro.
Ser freelancer tem muitas vantagens: como sendo nós a gerirmos o nosso tempo, o nosso trabalho e os nossos clientes. É sermos chefes de nós próprios.
Mas, no início desta actividade, enquanto não temos uma carteira de clientes razoável, o ideal é manter o emprego actual e usar o freelance como complemento.
Até em termos fiscais, uma vez que já descontamos para a Segurança Social na empresa, não precisamos de o fazer enquanto trabalhador independente.
Se estiver farto do seu chefe, ou do trabalho que está a realizar e decide então arriscar, pondere bem. Pergunte a alguém que já seja freelancer como deve proceder e se vale a pena. Sobretudo numa época complicada como a que estamos a atravessar, todo o cuidado é pouco. Se tiver família a seu cargo, mais complicado se torna.
Mas por outro lado, "quem não arrisca, não petisca." Se acha que vai conseguir ter sucesso, avance. Leia, pesquise e tome uma decisão. Não se precipite.
Se estiver desempregado, aí a vantagem como freelancer é conseguir o "pé de meia" que não consegue obter se tiver parado.
Seja muito bom na sua função que mesmo que tenha poucos clientes, os que tem vão ficar satisfeitos e vão recorrer sempre a si, se voltarem a precisar.
É frequente aparecerem novos clientes recomendados por pessoas com quem já trabalhamos.
Essa é a melhor política e o melhor marketing: a recomendação de "boca em boca".
Seja a razão pela qual você está a considerar ser freelancer, pense bem antes de avançar e organize-se nesse sentido.
Lembre-se: se formos bons e os clientes gostarem vão recomendar-nos. Mas se formos desorganizados, não respeitarmos os prazos ou não respeitarmos o nosso trabalho com dignidade, também será castigado por isso.
Em qualquer dos casos, investigue. Há cada vez mais informação e devemos usá-la para nosso proveito.
